26.11.13

Discurso do Rei ♥ Afasta de mim esse cale-se


Arrepios múltiplos e inspiração eterna, amém.
Me julguem: tô mais brega que as traduções globais com esse complemento no título, eu sei. Mas breguice tem a ver com amor e nesse filme, tem amor demais
Em um mundo onde se destaca o rei do camarote, que te ensina agregar valor a tudo menos à vida, achei digno trazer um rei mais inspirador. Monarquia por monarquia, o que importa é como esse ser divoso do filme agregou vida aos valores da sociedade. E mostrou com coragem o poder da fala e o direito de ser escutado. Bonito, né? Bonito mesmo é ouvir alguém falar. E falar. 
Por isto, dedico esse filme e postagem aos vários alguéns e ninguéns. Aqueles que ainda não falam. Ou falaram um dia e tiveram que esconder sua voz.
E quando falo em falar, na redundância da vida, quero dizer expressar, colocar para fora o que passa nessa mente que me lê. Falar é preciso! Duplo sentido. Não é todo mundo que vive com uma bola de cristal na mesinha da sala ou frequenta o curso de leitura dinâmica da mente. AINDA. 
Mas há solução, sempre. Uns viram rei, outros escolhem Blog... Há quem diga que com uma boa terapia, aprendemos a falar. Puxação de sardinha pro meu lado: mode on. 
E entenda terapia qualquer prática que te faça bem. Uma conversa de bar, uma dança, escrever um poema, um passeio, discutir nas redes sociais, até falar com você mesmo pode ser muito útil e por ai vai.
Eis que, tomando o chá das 16h nesse fim de semana, bati um pa pa pa-po com o rei Jorge VI, vulgo Bertie- atual dono do meu. E confirmei: não importa o método, o importante é o que te deixa a vontade. Esquecer os julgamentos e viver como se ninguém estivesse olhando. E apesar do soco na cara que Colin Firth (Bertie)  te dá nesse filme, não precisa gaguejar pra saber a importância da sua voz. Ele me contou, tomando chá de camomila, que por ser de uma família real,  foi constantemente "corrigido" e direcionado ao que era considerado o correto da época- século XIX. Mas com essa conversa, percebi que não importa se existe um I no meio de dois X, a coisa é séria e continua até hoje. Isso de: encaixe em um padrão-se. A diveneza vem quando Bertie, por bem ou mal usa do mal para o bem. Oi? Não entendeu? Segue mais falações para te convencer que esse pode ser seu filme de vida, de cabeceira. Depois, vem praticar a falação comigo? :)

: Mais dicas em formatos pequenos de spoiler: Bertie não queria ser rei. Ou talvez queria. Só tinha medo de expressar por conta da ga-ga-ga-gueira. Mas Lionel dá um jeitão nisso. Vem se inspirar! Lionel brilha muito aqui no Blog :)
2ª: A riqueza pode ser uma boa maquiagem contra problemas. Mas depois ela sai. Acredite. 
: Dica da postagem: anote quantas vezes escrevi a palavra: falar. Vai que a quantidade vire prêmio pra quem acertar, uma hora qualquer da vida aê... ;) 
: Rola um baseado? Só se for em história real. #piadapodre 
: A solução de muito problema pode estar em quem você menos imagina. Até em você mesmo.
: "O inferno são os outros" - Sartre. Um certo alguém famoso disse uma vez que só começou a reparar em seus defeitos quando outros alguéns começaram a criticar. Até então, quando se olhava no espelho se sentia bem e não existia defeitos. Por um longo periodo, tomou as críticas como verdade. Até voltar a olhar no espelho e enxergar a si mesma. No filme,  Bertie te ensina como superar as dificuldades quando se torna rei de si mesmo.
: Por falar em Bertie, o ministério dos Blogs cinematográficos adverte: Risco de paixonite aguda eterna

Ficha (meio) técnica:


Quando e onde: Reino Unido, 2010

De quem é o olhar: Tom Hooper (diretor). Baseado na história do roteirista David Seidler
Quem faz parte: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce